Setor automotivo em 2025: juros altos, importações e custo Brasil desafiam a competitividade

O setor automotivo brasileiro enfrenta uma série de desafios em 2025, que vão desde juros elevados e o impacto do custo Brasil até o crescimento das importações de carros chineses, que aumentaram 229%. Esses fatores estão afetando tanto o mercado interno quanto a competitividade da indústria no cenário global.

Principais obstáculos do setor automotivo em 2025:

  1. Juros altos e crédito limitado:
    O aumento das taxas de juros encarece o financiamento de veículos, reduzindo o poder de compra dos consumidores e impactando diretamente as vendas e a produção.
  2. Crescimento das importações de veículos:
    Importações de carros, especialmente da China, registraram um salto de 229%, acirrando a concorrência e pressionando a indústria nacional. A reintrodução da tarifa de 35% sobre veículos importados tem sido proposta como medida para equilibrar o mercado.
  3. Infraestrutura logística precária:
    Entraves nos portos e falta de harmonização regulatória com países parceiros, como Argentina e Colômbia, dificultam exportações e aumentam custos operacionais.
  4. Custo Brasil e tributação:
    Altos encargos tributários e burocracia afastam investimentos, enquanto o imposto seletivo sobre automóveis gera controvérsias, impactando a modernização da frota e iniciativas de descarbonização.
  5. Oportunidades com produção local:
    Apesar dos desafios, montadoras estrangeiras, como as chinesas, estão planejando nacionalizar suas operações, o que pode fortalecer a cadeia produtiva, gerar empregos e impulsionar o mercado interno.

Perspectivas e soluções para 2025:

A Anfavea defende:

  • Redução do custo Brasil com incentivos para atrair investimentos e melhorar o ambiente de negócios.
  • Ajustes logísticos para otimizar exportações e diminuir os custos operacionais.
  • Harmonização regulatória com países parceiros para facilitar a comercialização internacional.
  • Medidas fiscais que incentivem a renovação da frota e reduzam as emissões de carbono.

Superar esses desafios exigirá colaboração entre governo e setor privado, além de estratégias que aliem inovação tecnológica, sustentabilidade e competitividade.